CONTRIBUIÇÃO DE LAJES E PAREDES DE VEDAÇÃO NA RESISTÊNCIA DE UM PÓRTICO ESPACIAL DE CONCRETO ARMADO FRENTE A SISMOS NA CIDADE DE FORTALEZA
Palavras-chave:
Sismos, concreto armado, lajes e elementos de vedação, análise dinâmica, método dos elementos finitosResumo
No projeto de estruturas em geral, é importante uma análise dos possíveis carregamentos
estáticos e dinâmicos que venham a ocorrer. Casos comuns são cargas estáticas relativas à utilização
da estrutura, a ação de ondas nos pilares de uma ponte, ação do vento, sismos etc. Um bom projeto
estrutural deve ter rigidez suficiente para resistir aos possíveis carregamentos atuantes, ao passo que
busca manter a configuração mais eficiente possível. Vários fatores influenciam na rigidez das
estruturas, como a resistência dos materiais constituintes, área de seção transversal dos elementos,
tamanho dos vãos, condições de apoio etc. No entanto, a literatura mostra que lajes e paredes também
podem tem um papel importante na rigidez global dos edifícios. Considerando que a norma técnica
brasileira NBR 15421 – Projeto de Estruturas Resistentes a Sismos, em vigor desde 2006, considera
que parte do nordeste, incluindo o Ceará, possui risco sísmico não desprezível, é importante conhecer
o quanto esses elementos (lajes e paredes) influenciam na rigidez e até que ponto vale a pena
considerá-los no modelo de cálculo. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é estudar a influência das
paredes de vedação e das lajes na rigidez e desempenho de um pórtico espacial de concreto armado
submetido a um sismo. Para isso, foi projetado a estrutura de um edifício de utilização residencial com
cinco pavimentos segundo a NBR 6118:2014 e através do software TQS. Em seguida, o efeito do
sismo foi aplicado e sua resposta estudada através do programa Autodesk Robot Structural Analysis,
baseado no Método dos Elementos Finitos. Para o estudo proposto, foram criados três modelos, a
saber: pórtico espacial sem lajes e paredes, pórtico espacial apenas com lajes e pórtico espacial com
lajes e paredes. Cada um foi analisado e as respostas comparadas. Os resultados apontam que modelos
que consideram lajes e paredes de vedação tendem a ter deslocamentos, rotações e frequências
naturais até 40% menores dos que não consideram. Além disso, não só a laje apresenta importante
participação na rigidez e resposta a sismos, as paredes podem ter significativa importância e atuar
como um amortecedor.