ANÁLISE TEMPORAL DA COBERTURA DO SOLO NOS IMÓVEIS AGROPECUÁRIOS LOCALIZADOS NA MICROBACIA DO RIO ENGANADO.

Autores

  • Gabriel Silva
  • Jhony Vendruscolo
  • Calina Grazielli Dias Barros
  • Dany Roberta Marques Caldeira

DOI:

https://doi.org/10.55592/CFB.2022.9282532

Resumo

O processo de ocupação das áreas agrícolas no estado de Rondônia ocorreu de forma desordenada, potencializando a fragilidade dos ecossistemas, em virtude da consonância corrente entre o desmatamento e a garantia de posse da terra, o qual levou ao defloramento parcial e/ou total da vegetação nativa, inclusive em áreas de preservação permanente (APP), ademais após o corte raso da floresta era empregada a queimada como estratégia de limpeza dessas áreas, seguidamente ao plantio de culturas agrícolas. O objetivo deste trabalho foi analisar o impacto ambiental da colonização sob a vegetação nativa e os remanescentes ripários na microbacia do rio Escondido, entre os anos de 1984 a 2021. A microbacia do rio Enganado está inserida majoritariamente no município de Colorado do Oeste e  abrange cerca de 212 empreendimentos rurais. A área de estudo está situada em região de clima tropical de Monção (Am) e vegetação tipo floresta ombrófila aberta de submontana (VFOAS) com cipós associada a VFOAS com palmeiras. Para a análise foi utilizado o software QGIS 2.18.0 (Las Palmas), imagens dos satélites Landsat 5 e Landsat 8, referentes aos anos de 1984, 1988, 2008 e 2021, nos meses de junho a agosto,  em função da menor incidência de nuvens, e consequentemente, melhor qualidade visual. Na sequência as camadas rasters foram reprojetadas e realizada a mensuração do índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI). Por seguinte, foram estratificadas três classes (floresta nativa, agropecuária e recurso hídrico - água) com a ferramenta “slicer”, e conversão da imagem gerada em formato matricial para vetorial, com a ferramenta poligonizar. A classificação das imagens foi feita com a ferramenta “Estilo graduado”, e posteriormente foi realizada a efetivação de ajustes manuais nas classes. Para delimitar a zona ripária, foi utilizada a ferramenta “Buffer” sob distância variável, considerando o módulo fiscal, conforme estabelecido no Art. 61 da Lei nº 12.651/12. Observou-se a redução percentual da classe floresta nativa de 63,73% para 31,77%, e amplificação da classe agropecuária de 33,26% para 68,05%, no período de 1984 a 2021, a classe água, por sua vez, foi detectada em todas análises, entretanto houve maior ocorrência nos anos de 2008 e 2021 com  0,14% e 0,16% a mais, nessa ordem. Esse fato pode ser justificado pela remoção da vegetação ripária, que ocultava os corpos d'água. Observa-se a necessidade da recuperação das áreas de preservação permanente e das áreas de reserva legal, tornando os sistemas produtivos mais sustentáveis.

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Publicado

2022-11-09

Como Citar

Silva, G., Vendruscolo, J., Grazielli Dias Barros, C., & Roberta Marques Caldeira , D. (2022). ANÁLISE TEMPORAL DA COBERTURA DO SOLO NOS IMÓVEIS AGROPECUÁRIOS LOCALIZADOS NA MICROBACIA DO RIO ENGANADO. 9° ongresso lorestal rasileiro, 1(1), 55. https://doi.org/10.55592/CFB.2022.9282532

Edição

Seção

Trabalhos Científicos