PRODUTIVIDADE DE CAFEEIROS CULTIVADOS EM SISTEMA AGROFLORESTAL (SAF) COM TECA

Autores

  • SIRLENE BEZERRA
  • Marcelo Curitiba Espindula
  • Rogério Sebastião Corrêa da Costa
  • Larissa Fatarelli Bento de Araújo
  • Rodrigo Barros Rocha
  • Marcela Campanharo
  • João Maria Diocleciano
  • Rodrigo Prado Depolo

DOI:

https://doi.org/10.55592/CFB.2022.9547005

Resumo

O cultivo do cafeeiro Coffea canephora é uma das principais atividades da agricultura de base familiar do estado de Rondônia. Como alternativa da redução do uso de insumos externos, o cultivo de cafeeiros em Sistemas Agroflorestais (SAF`s) torna-se uma alternativa aos modelos convencionais. O sistema agroflorestal pode ser uma forma de agregar valor à produção cafeeira e ainda contribuir para a diversificação da produção agrícola. Contudo, ainda existe a necessidade de melhor conhecer sistemas que envolvem manejo do cafeeiro e de essências florestais. O objetivo neste estudo foi avaliar o desempenho agronômico de cafeeiros Coffea canephora da variedade botânica Conilon cultivados em SAF com teca (Tectona grandis) nas condições da Amazônia Sul Ocidental Brasileira. O estudo foi conduzido no Campo Experimental da Embrapa em Ouro Preto do Oeste, Rondônia, Brasil (10º44’05’ S, 62º15’20’ W e 250m), no período de novembro de 2014 a junho de 2021. O experimento foi implantado com cafeeiros e teca de forma simultânea. Foram testadas quatro densidades de teca: zero (café a pleno sol); 111 árvores por hectare (10m×9m); 222 árvores por hectare (10m×4,5m) e 444 árvores por hectare (5mx4,5m), em esquema de parcela subdividida no tempo sendo as parcelas formadas pelas densidades e as subparcelas formadas pelos anos de produção dos cafeeiros. O delineamento experimental foi em faixa com 9 repetições. A parcela experimental foi composta por 12 cafeeiros, colhidos em sequência na linha de plantio. Foram avaliadas as produtividades de grãos dos cafeeiros nas cinco safras durante os 7 anos de idade do experimento. Houve incremento da produtividade dos cafeeiros com a diminuição da densidade de árvores nas safras de 2017 e 2018. As maiores produtividades ocorreram na densidade de 111 árvores por hectare. As safras de 2019 e 2021, apresentaram reduções lineares na produtividade dos frutos com aumento da densidade de árvores. Independente da densidade de plantio das árvores, os efeitos de bienalidade foram observados em todas as safras. Em relação à produtividade média e acumulada dos cafeeiros, houve diferença apenas entre as densidades de 111 e 444 árvores por hectare, respectivamente com maiores e menores produtividades médias e acumuladas. Importante considerar que o cafeeiro avaliado é de origem seminal, o que contribui para maior heterogeneidade entre plantas e menor produtividade média da lavoura. O efeito positivo da teca nas densidades mais baixas, está relacionado ao melhor nível de sombreamento que a espécie proporcionou aos cafeeiros a partir do desenvolvimento inicial da cultura. A arborização do cafezal com plantas de teca com densidade de até 222 árvores por hectare, não promoveram redução na produtividade média e acumulada dos cafeeiros.

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Publicado

2022-11-09

Como Citar

BEZERRA, S., Curitiba Espindula, M., Sebastião Corrêa da Costa , R., Fatarelli Bento de Araújo, L., Barros Rocha, R., Campanharo, M., Maria Diocleciano, J., & Prado Depolo, R. (2022). PRODUTIVIDADE DE CAFEEIROS CULTIVADOS EM SISTEMA AGROFLORESTAL (SAF) COM TECA. 9° ongresso lorestal rasileiro, 1(1), 245. https://doi.org/10.55592/CFB.2022.9547005

Edição

Seção

Trabalhos Científicos