Crosta marrom em tabebuia spp

Autores

  • Ana Rebouças
  • Maria imaculada Costa sena

DOI:

https://doi.org/10.55592/CFB.2022.8752971

Resumo

A patologia de árvores florestais nativas tem sido pouco trabalhado no Brasil, principalmente as que são ultilizadas para arborização. Uma contribuição associando sintomatologia com agentes causais é necessária para agilizar procedimentos de tratamento. O ipê é o nome genérico das árvores Tabebuia da família Bignoniáceae. Possui importância econômica, medicinal e ornamental e são admiradas por apresentar florescimento exuberante e florescimento rápido, apresentando cerca de 100 gêneros e 860 espécies distribuídas no mundo muito utilizada para arborização. A arborização é um componente importante na paisagem, à mesma oferece vários benefícios, tais como o fornecimento de sombra, diminuição da poluição do ar e sonora, absorção de parte dos raios solares, proteção contra o impacto direto dos ventos, redução do impacto das gotas da chuva sobre o solo evitando a erosão, além de embelezar. Os patógenos  podem ser encontrados associados a diversas partes de plantas, tais como raiz, caule, folhas, botões florais, flores, frutos e sementes, mas grande parte dos relatos de fungos estão relacionados  em manchas foliares, e pouco se trata das interações dos patógenos com outras partes das plantas. As doenças de plantas podem reduzir a quantidade e a qualidade das espécies. salientam a importância de se realizar periodicamente levantamentos dos fitopatógenos causadores de doenças de plantas em áreas de plantios e reflorestamentos.  Por se tratar de uma árvore resistente com alta durabilidade e elevada densidade de sua madeira, ela é muito empregada em obras de construções civil e utilizada para a fabricação de carvão. Visando diminuir a degradação do meio ambiente, o ipê tem sido uma das espécies nativas mais utilizada para arborização. Todavia ainda existem poucos trabalhos de levantamento de fitopatógenos fúngicos associados ao ipê. Desta forma foi elaborado o presente trabalho que buscou coletar folhas com sintomas, em exemplares de ipês da arborização da Universidade Federal do Acre - campus floresta, município de Cruzeiro do Sul, Acre, em março de 2022. As coletas foram transportadas para o laboratório de fitologia onde foram analisadas em microscopia ótica e observação direta para avaliar os sintomas quanto à presença de estruturas de fungos associados. Foram coletadas amostras de 63 árvores ao longo da Universidade Federal do Acre – campus floresta, sendo encontrados sintomas associados a fungos em 100% das amostras. A maioria das amostras apresentavam sintomas de crostas estromáticas irregulares e rugosas de aspecto ceroso, desta forma com o auxilio de uma lupa foi retirada partes afetadas do tecido vegetal que apresentavam sintomas, foi realizado a preparação de lâminas semi permanentes, provenientes da retirada de um pequeno fragmento por meio de corte de tecido vegetal, onde foi colocado em lamina com água destilada e coberta com uma lamínula depois foi feito o fechamento da lamina com esmalte incolor, para a conservação da mesma. Em seguida foi feita a observação da lâmina em microscópio, constatou-se que o agente casal desta doença é o fungo Apiosphaeria guaranítica. A Apiosphaeria guaranítica pertence ao filo ascomicetos um dos maiores grupos catalogados conhecidos com 32.300 espécies descritas, apresenta micélio bem desenvolvido e septado, esporos chamados ascosporos, formados no interior de ascas, que podem estar livres na superfície do hospedeiro ou dentro de ascocarpos que podem ser classificados como: cleistotécios, peritécios, apotécios ou ascostromas.  Desta maneira a Apiosphaeria guaranítica apresenta ascos na sua fase sexuada, com 8 a 16 conídios por ascos. Estudos relatam que Apiosphaeria guaranítica é um fungo que pode afetar muda em fase de viveiro provocando intensa desfolha e redução da área fotossintetizante, além de causa desfolha em árvores pós o plantio afetando o desenvolvimento da mesma. Para o controle desta doença é recomendado eliminar as partes que apresentam sintomas, efetuar a seleção das mudas no viveiro, para minimizar a incidência da crosta marrom em árvores e fazer a pulverização das plantas com fungicidas.

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Publicado

2022-11-09

Como Citar

Rebouças, A., & imaculada Costa sena , M. (2022). Crosta marrom em tabebuia spp. 9° ongresso lorestal rasileiro, 1(1), 579. https://doi.org/10.55592/CFB.2022.8752971

Edição

Seção

Trabalhos Científicos