MUQUIFU e NegriCidade: táticas dos povos pretos para que culturas soterradas possam emergir na cena pública

Autores

  • Rafaela Pereira Lima
  • Mauro Luiz da SIlva

DOI:

https://doi.org/10.55592/524.2023.9899737

Palavras-chave:

Comunicação para a mobilização social, luta antirracista, memória afro-brasileira, cultura afro-brasileira, Arraial do Curral Del Rey

Resumo

O artigo discute o MUQUIFU e o NegriCidade, iniciativas coletivas que buscam dar visibilidade à cultura de povos pretos cujas memórias são invisibilizadas e cujos territórios foram soterrados em processos radicais de gentrificação ocorridos ao longo da criação e da expansão de inúmeras cidades mineiras. Tratamos, especificamente, do principal processo de mobilização social em curso no NegriCidade: a busca por contar, sob a ótica dos dominados, a história de Belo Horizonte, cidade planejada, erguida no final do século XIX sobre os escombros das casas, espaços de sociabilidade e de fé dos povos que viviam na região. O Arraial dos Pretos, povoado pobre que existia no local, foi devastado para dar lugar à Cidade dos Brancos. A partir da antinomia entre cidade dos brancos, revelada e visível, e cidade dos pretos, soterrada e invisível, o artigo trata das condições de publicidade dos processos de comunicação para a mobilização social.

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Publicado

2023-09-22

Como Citar

Pereira Lima, R., & Luiz da SIlva, M. (2023). MUQUIFU e NegriCidade: táticas dos povos pretos para que culturas soterradas possam emergir na cena pública. Associação rasileira e esquisadores e Comunicação rganizacional e Relações úblicas, 1(1). https://doi.org/10.55592/524.2023.9899737