“A inclusão tem que estar presente”: Narrativas de pessoas com deficiência sobre a falta de acessibilidade no Lollapalooza (2022)

Resumo

Este artigo tem o propósito de entender melhor a inclusão (ou a falta dela) de pessoas com deficiência (PCDs) no festival de música Lollapalooza, ocorrido em 2022, considerando a inclusão em sua integralidade (física, funcional, social e comunitária). Com isso, procuramos elucidar o seguinte problema de pesquisa: quais foram as narrativas produzidas por Lorrane Silva (@_Pequenalo), Lorena Eltz (@lorenaeltzz) e Giovanna Massera (@toranja.mecanica) sobre a inclusão em seus aspectos físicos, funcionais, sociais e comunitários no Festival Lollapalooza? Para atingir o objetivo proposto, utilizamos a análise de narrativas como metodologia, recorrendo às diretrizes teórico-metodológicas de Bastos e Biar (2015) e Spink (2010). Enfim, a análise do corpus revelou que por mais que o evento tenha prometido, não foi capaz de proporcionar às pessoas com deficiência a sua inclusão física, funcional, social e comunitária. As três, dentro do evento, experimentaram a falta de mobilidade e autonomia, não sendo capazes de, em menor ou maior grau, assistir à programação, aproveitando com amigos e fazendo novas amizades.