A Comunicação Suplementar Alternativa em idosos na Atenção Primária em Saúde: relato de experiência

Autores

  • Diana Andrade
  • Nathalia Avila Dimer
  • Bárbara Niegia Garcia de Goulart

Resumo

A Comunicação Suplementar Alternativa em idosos na Atenção Primária em Saúde: relato de experiência IntroduçãoA atenção  primária  em saúde  (APS) é a porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS) e tem como objetivo proporcionar cuidados integrais aos indivíduos, buscando resolver 85% das demandas recebidas . Entre os pacientes  idosos encaminhados para atendimento fonoaudiológico  na APS estão as complicações decorrentes de doenças cerebrovasculares e  neurodegenerativas. Ainda que existam evidências dos benefícios da CSA  durante o período de hospitalização para esses pacientes, não encontramos estudos voltados para o contexto da APS, embora este seja um ambiente  onde as deficiências, em graus variados,  e suas comorbidades, comumente requerem assistência. Além disso, a maioria desses pacientes requer manutenção  de seu cuidado após alta hospitalar. ObjetivoApresentar um relato de experiência do uso da Comunicação Suplementar e Alternativa (CSA) na reabilitação fonoaudiológica , com enfoque na comunicação de adultos/ idosos, em um projeto de extensão  Descrição do caso e das ações envolvidasApresentamos quatro casos atendidos  entre setembro de 2022 e março de 2023 em  um projeto de extensão realizado em uma unidade básica de saúde (UBS) vinculada a um hospital universitário no sul do Brasil. Os pacientes foram encaminhados pelos profissionais da equipe de saúde, na maioria dos casos, por disfagia e déficits na linguagem oral. As consultas ocorreram presencialmente,via atendimentos domiciliares ou teleconsultas.  ResultadosDos 4  pacientes  elegíveis para CSA, um paciente não era alfabetizado; dois  tinham ensino superior completo e um tinha ensino médio completo. Todos  apresentavam complicações neurológicas decorrentes de AVC ou doenças neurodegenerativas como ELA bulbar e Alzheimer. A avaliação para verificar a usabilidade da CSA e determinar qual tecnologia melhor atendia às necessidades de cada caso foi realizada por meio de símbolos pictográficos, imagens reais, alfabeto e teclados em baixa e alta tecnologia. A escolha das ferramentas para avaliação considerou a escolaridade, o grau e tipo de comprometimento motor, bem como  o engajamento de cada paciente. A intervenção com a CSA também foi implementada junto aos cuidadores de referência de cada paciente, os quais foram instruídos a serem os parceiros principais, porém não os únicos, de comunicação dos usuários.A CSA foi utilizada pelos fonoaudiólogos para modelar o uso e pelos pacientes durante todo o atendimento, tanto para responder, trazer seus questionamentos e esclarecer as suas dúvidas sobre o processo terapêutico, além de comunicar seus estados emocionais em relação à sua doença ou agravo, aos cuidados recebidos e demandados e à família, bem como na vida cotidiana. Além disso, suportes visuais também foram utilizados para estruturar a rotina, visando a preservação da autonomia de uma  das pacientes na realização de atividades diárias.ConclusãoNesses  casos observamos que a CSA contribuiu para a manutenção da  participação social  desses sujeitos, mantendo-os ativos e protagonistas na tomada de decisão durante as consultas e na vida cotidiana contribuindo para  a manutenção da continuidade do cuidado.

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Publicado

2023-12-22