PERFIL COMUNICATIVO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA E SEM ORALIDADE NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO

Autores

  • Viviane Medeiros Pasqualeto
  • Karen Tauceda

Resumo

Introdução: o presente estudo apresenta resultados de uma pesquisa de doutorado, cujo projeto fora modificado em função do isolamento social decorrente da Pandemia de Covid 19, sendo alterada para formato online. Objetivos: descrever o perfil comunicativo dos alunos com deficiência e sem oralidade e as modificações nesse perfil após realização de capacitação a seus pais e seus professores. Método: pesquisa de natureza quanti-qualitativa, interventiva e descritiva, realizada em três fases – levantamento do perfil comunicativo dos  alunos com deficiência e sem oralidade através de seus pais e professores; capacitação sobre comunicação alternativa e levantamento sobre as modificações pós-capacitação. Resultados: 55 pessoas participaram da primeira fase da pesquisa, sendo 31 professores, 23 mães e 1 pai de alunos com deficiência e sem oralidade. A segunda fase da pesquisa foi a Capacitação online  com duração de 52 minutos e 46 segundos e 334 visualizações, durante os quais se contemplou explicações práticas sobre Comunicação Alternativa, suas modalidades e orientações de manejo comunicativo para inserir esse recurso na rotina do aluno com deficiência e sem oralidade. A terceira fase da pesquisa foi realizada com um breve questionário no qual se verificou o aproveitamento para ampliar as capacidades comunicativas do aluno com deficiência e sem oralidade e obteve-se a resposta de 30 participantes (20 mães e 10 professores).Conclusão: O perfil comunicativo dos alunos com deficiência e sem oralidade cujos pais e professores participaram desse estudo foi classificado na sua grande maioria em Nível I e Nível II. O Nível I, Comportamento Pré-Intencional, corresponde a faixa etária de 0 a 3 meses do desenvolvimento típico, no qual a criança se comunica com alguns movimentos corporais, vocalizações e expressões faciais e o Nível II, Comportamento Intencional, corresponde ao período de 3 a 8 meses do desenvolvimento típico no qual a criança possui controle em seu comportamento e entende causa e consequência, mas ainda não possui intenção comunicativa e seus cuidadores continuam a interpretar suas necessidades e desejos através do comportamento. A capacitação online proporcionou aos participantes aproximadamente cinquenta e dois minutos de informações sobre o que é a comunicação alternativa e como iniciar a inserção dessa com aquela pessoa que não fala, com exemplos práticos tanto usando materiais de baixa tecnologia como os de alta tecnologia. Os materiais de apoio também contribuíram e vão seguir contribuindo às pessoas que querem começar a usar o recurso de comunicação alternativa, mas ainda não sabem o que usar ou como. Após a capacitação, tanto as mães como os professores notificaram modificações na comunicação dos filhos/alunos. Essas modificações envolveram transformações de pensamentos e de atitudes em direção a um caminho alternativo à fala convencional, abrindo espaço para outros atos comunicativos antes não reconhecidos ou pouco valorizados.

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Publicado

2023-12-22