Reflexões sobre memória comunicacional a partir de uma trajetória profissional no Ministério da Saúde

Resumo

O artigo reflete sobre a constituição da memória comunicacional do Ministério da Saúde do Brasil a partir de depoimento memorialístico de uma servidora da área de Comunicação. Identificado como um estudo de Comunicação Pública (Esteves, 2011; Weber, 2017), considera os limites e as potencialidades da Comunicação Pública de Estado (Miola, Marques, 2024) e da Comunicação Governamental. A coleta do depoimento foi propiciada pelo escopo do Programa de Extensão CAPAGIIC-Saúde, firmado entre a UFRGS e o Ministério da Saúde. A análise do depoimento é operacionalizada considerando questões relativas à informação, comunicação, democracia e memória, fundamentais para a noção de memória comunicacional (Luz, 2021). O estudo permite identificar potências da memória coletiva sobre temas e campanhas de saúde em contrapartida a limitações à memória comunicacional da instituição, submetida às inconstâncias estratégicas e estruturais da Comunicação Governamental ao longo de mais de 40 anos.