O que pode o cu?
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Resumo
O artigo se propõe a refletir sobre como o cu se apresenta em diferentes narrativas, onde tensões e contradições emergem e se explicitam: textos como notícias, vídeos de humor, cantos homofóbicos de torcidas de futebol, uma performance acadêmica de Tertuliana Lustosa. Nas reflexões, há ao menos três dimensões significativas no que diz respeito às relações entre corpo, gênero e sexualidade: a) contornos contemporâneos daquilo que Michel Foucault (1978) chamou de “dispersão discursiva sobre o sexo”; b) aspectos importantes da construção das corporalidades, para além das dualidades que usualmente são mobilizadas para apreendê-las; c) dinâmicas contraditórias das masculinidades, que têm no cu um lugar prescrição, de prazer e de curiosidade. Nossa pergunta reconhece no vocábulo “poder” uma dupla função: como verbo nos leva para as reflexões sobre aquilo que está permitido e prescrito ao cu; como substantivo nos conduz para a investigação de quais relações políticas circundam tal orifício.
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Trabalhos