Além da Smart City: Algoritmo do Oprimido na construção da cidadania

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Kenzo Soares Seto
Luana Bulcão
Raquel Paiva

Resumo


O modelo de Smart City apresenta a gestão urbana como um processo tecnocrático baseado em dados, onde algoritmos corporativos cada vez mais organizam a vida das cidades. Essa visão prioriza eficiência e vigilância, reduzindo a cidadania à produção passiva de dados. Em contraste, este artigo introduz o conceito de Algoritmo do Oprimido como uma resposta crítica que conecta o paradigma da cidade inteligente a uma visão ativa de cidadania a partir das periferias urbanas. Esse conceito destaca como cidadãos, marginalizados pelos vieses dos sistemas oficiais da smart city, constroem suas próprias soluções algorítmicas e produzem seus próprios dados como forma de reinvidicar seus direitos. Por meio do estudo de caso da Geração Cidadã de Dados do coletivo data_labe, analisamos uma visão alternativa de cidade inteligente—onde a cidadania não é definida pela extração corporativa de dados, mas pela participação coletiva na construção das infraestruturas digitais e da vida urbana.

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Trabalhos