Por uma estética disco
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Resumo
De volta à pista de dança na segunda metade dos anos de 1970, buscamos neste artigo não só defender, mas pensar uma estética disco no Brasil. Para além de uma matriz anglófona, centrada no contexto norte-americano e em Nova York, retomamos a sensibilidade disco não por um olhar nostálgico, mas por um vislumbre de uma experiência queer que se faz na discoteca como espaço cênico e dramático pelos corpos, pelas danças e pela noite. No diálogo entre o ensaio “In the defence of disco” (1979) de Richard Dyer, o romance Dancer from the Dance (1978) de Andrew Holleran e o grupo Frenéticas a partir da telenovela Dancin’ Days (1978-1979), acompanhamos o neon de uma alegria que se esfumaça na melancolia da década de 1970. Se é possível pensar em uma estética disco, vale considerá-la no trânsito dos produtos midiáticos, das obras artísticas e das etnografias. Há ainda uma história disco a ser contada no Brasil por outras sensações. Afinal, o que o disco pode nos trazer ainda hoje?
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