TEM JORNALISTA NEGRA NO RÁDIO ESPORTIVO MINEIRO?: a tripla opressão em ambiente branco e machista
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Resumo
O jornalismo esportivo no Brasil teve início em 1910, mas a participação de uma mulher nesta editoriasó se dá em 1947; já a primeira mulher negra a atuar na área foi registrada quase duas décadas depois, em 1978.Em Minas Gerais, o rádio esportivo abre espaço para a primeira mulher no início da década de 1980 mas,sobre a participação da mulher negra, não há qualquer registro. Este trabalho buscacompreender as possíveis causas desse atraso e a configuração da inserção da mulher negra no rádio esportivomineiro hoje. Tendo como metodologia a entrevista em profundidade com roteiro semiestruturado,identificamos e entrevistamos, por meio do método snowball sampling, oito mulheres negras que atuam ou jáatuaram na editoria de esportes do estado. Os relatos, que configuram não apenas o rádio, mas também a mídiamineira, comprovam que o meio esportivo é dominado por homens brancos, onde as jornalistas negras sofrem como assédio e lidam com a intersecção das opressões de raça, classe e gênero.
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