Apropriações tecnológicas e resistências interseccionais à exploração algorítmica: experiências brasileiras
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Resumo
Este artigo analisa os impactos da Inteligência Artificial na construção de uma lógica de eficiência que acarreta consequências físicas, psíquicas e emocionais para trabalhadores e trabalhadoras, especialmente aqueles em condições precarizadas, como os que atuam por meio de aplicativos. A partir da análise, o estudo propõe uma reflexão crítica sobre o papel das tecnologias digitais e da IA na intensificação das desigualdades sociais, destacando três experiências de apropriação tecnológica desenvolvidas sob uma perspectiva interseccional como alternativas à exploração algorítmica: Señoritas Courier, Pedal Express e TransEntrega. O trabalho articula contribuições de diversos campos do pensamento, integrando as reflexões de Paola Ricaurte sobre a inteligência artificial como mecanismo biopolítico e necropolítico; as ideias de Sylvia Wynter acerca do humanismo; e as análises de Frantz Fanon sobre os usos e apropriações de tecnologias em processos de resistência, entre outras referências.
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Trabalhos