O JORNALISMO INFANCIALIZADO: as posições-sujeito das crianças nas reportagens da Agência Mural
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Resumo
Este artigo objetiva compreender como as crianças são representadas nas reportagens da Agência Mural em que são fontes. O trabalho do veículo é considerado precursor na abrangência dos territórios periféricos. Tratamos a desigualdade social como produtora de diferenças, mas não apenas para ressaltá-las no que têm de negativo, mas também para apontar que as diferentes subjetividades infantis são produtoras de inventividades. Como base teórica, discutimos os atravessamentos étnico-raciais na vida das crianças e o uso de estereótipos no jornalismo. A partir da Análise de Discurso de linha francesa, identificamos a presença de 11 posições-sujeito as quais as crianças entrevistadas ocupam nas reportagens analisadas, sendo as de maior incidência a da criança que pensa nos outros e a da criança que brinca. A noção de coletividade expressa nos dizeres dos meninos e meninas reforça a nossa convicção de que o jornalismo deveria escutar mais as crianças sobre questões sociais e coletivas.
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