Da teoria à prática: tecnologias e percepção social no combate ao fluxo da desinformação

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Cláudia Galhardi
Walter de Sousa Junior

Resumo


A disseminação intencional de informações falsas é considerada a quarta maior ameaça imediata. No Brasil, 99% dos usuários de internet acessam a rede por dispositivos móveis, o que, aliado à confiança nas informações dessas plataformas, contribui para a propagação de notícias falsas. Exemplos disso foram as eleições de 2022, marcadas por intensa circulação de desinformação. Baseado em uma abordagem etnográfica, este estudo investigou como eleitores lidam com as tecnologias digitais e a desinformação. O estudo revelou dois aprendizados principais: 1) a naturalização das notícias falsas, gerando mobilização ou apatia, com informações sendo replicadas ou ignoradas; 2) a percepção de que essas notícias fomentam debates polarizados e sem argumentos adequados. Com a proximidade das eleições e temas como mudanças climáticas, saúde e direitos humanos, a pesquisa destaca a urgência de tecnologias que combatam a desinformação e promovam uma postura crítica e educacional.

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Trabalhos