‘BOY DODÓI’: as narrativas de mulheres em quadrinhos digitais e a representação da masculinidade hegemônica

Conteúdo do artigo principal

Marco Túlio Câmara
Nara Bretas Lage

Resumo


A representação de corpos dissidentes perpassa por diferentes mídias, sendo a história em quadrinho uma dessas linguagens que, em um cenário conectado, passou por processos de midiamorfose (Fidler, 1998) ao se firmar como quadrinhos digitais. Nesses produtos midiáticos, as autoras mulheres narram suas próprias experiências, anseios e violências – simbólicas ou não. Este artigo discute a representação dessas mulheres a partir da discussão de masculinidade hegemônica (Connel, 2013), que visa minorizar as mulheres. Por meio dos estudos de narrativas de si (Arfuch, 2003), mostramos as experiências de mulheres que se envolvem com homens, em uma relação de gênero opressora, presentes na série Boy Dodói, que relata encontros e a expressão dessa masculinidade. O trabalho aponta que os quadrinhos digitais se firmam como produções midiáticas de autorrepresentação de histórias criadas a partir de narrativas de si e reforçam a construção de identidades em sua pluralidade.

Detalhes do artigo

Seção
Trabalhos