O outro empodeirado: Que horas ela volta, Casa grande, O som ao redor e Bacurau
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Resumo
A ascensão social de pobres e minorias, vista no Brasil a partir do início dos anos 2000, foi absorvida e elaborada pelo cinema nacional em filmes diversos, apresentando personagens que diferem das representações clássicas do outro popular dos filmes brasileiros, devido a sua capacidade de reação à opressão das classes mais altas. Em Que horas ela volta? (de Anna Muylaert, 2015) e Casa grande (de Fellipe Barbosa, 2015), a contestação ao status quo de desigualdade e imobilidade se dá por ocupações de espaços tidas pela elite socioeconômica como “invasões”. Já em O som ao redor (2013) e Bacurau (2019), ambos de Kleber Mendonça Filho, o empoderamento chega ao ponto de se transformar em vingança violenta. Neste texto, partimos dos quatro filmes para examinar o contexto de reação desses outros populares e a atualização da ideia de “catarse do oprimido” (Xavier, 2012), como descrição de sua reatividade em uma perspectiva histórica.
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