Ironia disfarçada em elogio: o duplo como rastro de africanismo na produção cultural negra – É tudo para ontem

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Deivison Campos

Resumo


As produções culturais negras mantêm rastros dos processos de desterritorialização e encontro. Apesar de muitas vezes criticarem a esfera pública capitalista, as produções acabam transformadas em produto de consumo por seu potencial de novidade (Kellner, 2001). Com elas, circulam rastros de africanismos, endereçados às populações negras, sem deixar de atender ao mercado capitalista. Essas características compõe uma estética inerente a uma estratégia cultural, a qual denomina-se Estética da Insolência. Nesse sentido, propõe-se um método que busca desvelar esses rastros de africanismos em produtos e processos comunicacionais das culturas negras, a partir da identificação de duplos constitutivos. A leitura insolente parte de um acionamento abdutivo para identificar o duplo que norteia a análise, construída em processo. Neste texto, aplica-se a análise no documentário-musical Emicida: Amarelo - é tudo para ontem.

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Trabalhos