TERROR TERRITORIAL: a figura do corpo-edifício no cinema brasileiro de ficção recente
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Resumo
Neste artigo, analisaremos filmes brasileiros recentes com dimensão horrífica: Trabalhar Cansa (Juliana Rojas e Marco Dutra, 2011), Aquarius (Kleber Mendonça Filho, 2016), Mormaço (Marina Meliande, 2018) e Propriedade (Daniel Bandeira, 2022). A partir de análises estéticas e narrativas, estudaremos a figura do “corpo-edifício”, expressão que forjamos para referir-nos à emergência de uma figura hibrida, entre o humano e um edifício. Observamos que lutas e disputas pela apropriação de um território estão no centro das questões apontadas pelos filmes. Assumimos que o uso da figura do corpo-edifício permite interrogar, pelo viés sensível e figurativo do médium cinematográfico, questões vinculadas ao território que são ancoradas na sociedade brasileira contemporânea. A proposta deste artigo consistirá em analisar como a figura do corpo-edifício materializa as disputas territoriais para o domínio de um espaço, além das ameaças, tensões sociais e históricas que os filmes visibilizam.
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Trabalhos