IMAGEM E ESTIGMA: A Persistência da Demonização das Religiões de Matriz Africana na Mídia
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Resumo
O presente trabalho investiga a estigmatização das religiões de matriz africana na mídia, analisando como representações imagéticas reforçam preconceitos históricos. Com base em um levantamento documental, são examinados textos e imagens jornalísticas desde o início do século XX até produções contemporâneas, identificando a persistência de padrões estereotipados. A pesquisa articula os conceitos de duplo vínculo de Bateson (1987), que evidencia a contradição entre discurso e imagem e de experiências pré-predicativas de Pross (1980) que aponta para a existência de padrões pré-existentes na interpretação, além da teoria da bacia semântica de Durand (2002), demonstrando como símbolos negativos são reiterados. Conclui-se que, apesar das mudanças sociais, os meios de comunicação ainda reproduzem elementos visuais associados à demonização, perpetuando a discriminação simbólica dessas tradições religiosas.