Uma zona toda sua: memórias prostibulares no cinema documental

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Juliana Gusman

Resumo

Este artigo mapeia um conjunto de documentários brasileiros contemporâneos que, partindo de um lastro deixado pelo cinema feminista dos anos 1970-1980, buscam ressignificar tradicionais zonas de prostituição. Contra regimes discursivos estigmatizantes, estes filmes valorizam as sociabilidades e a cultura das zonas, assim como denunciam as consequências de iniciativas de invasão ou desapropriação desses territórios, que se alastraram ao longo do tempo. Trata-se, ainda, de documentários que confiam na eloquência persuasiva das mulheres que encenam, de maneiras diversas, perseveranças e oposições diante da câmera. Analisaremos, com destaque, o curta República do Mangue (2020), um filme singular na sua lida com materiais de arquivo, evocando a politicidade da memória e da história prostibular em nosso país

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Trabalhos