A paisagem do Antropoceno na fotografia contemporânea latinoamericana: as “Topografias da fragilidade”, de Ingrid Weyland

Conteúdo do artigo principal

Victa de Carvalho

Resumo

Diversas práticas artísticas contemporâneas se destacam, no contexto do Antropoceno, ao unirem a dimensão estética do experimentalismo das décadas de 1960 e 1970 a “uma práxis ético-política pós-colonial” (DEMOS. 2018). Interessa refletir sobre o modo como essas experimentações produzem um pensamento crítico sobre os fundamentos da ecologia, desestabilizando os dualismos que suportam o colonialismo ainda vigente, de modo a convidar a um pensamento que escapa ao antropocentrismo, promovendo transformações em nossos modos de ser e de estar em comum. Considerando que o esgotamento do planeta, dos modos de produção, e da própria centralidade do humano se refletem também no esgotamento de um pensamento ontológico sobre a imagem fotográfica em geral, e sobre a fotografia de paisagem em particular, este artigo pretende desenvolver essa questão a partir da serie fotográfica “Topografias da fragilidade” (2015-2024), realizada pela artista argentina Ingrid Weyland.

Detalhes do artigo

Seção
Trabalhos