“Guerra às drogas”, genocídio negro e o racismo epistêmico do jornalismo

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Carla Siqueira

Resumo

Esse artigo objetiva apresentar algumas das bases teóricas e históricas da pesquisa em curso sobre o racismo epistêmico do jornalismo. Entendendo o jornalismo como uma forma de conhecimento (GENRO FILHO, 1987; MEDITSCH, 1992), nosso pressuposto é o de que há nele um racismo epistêmico, que está na base de um discurso que historicamente desumaniza o Outro e legitima a violência contra ele. Através da análise da cobertura da chamada “guerra às drogas”, interessa-nos pensar em que medida o jornalismo pode ser compreendido como parte do dispositivo de racialidade (CARNEIRO, 2023), continuamente inscrevendo as populações racializadas no signo da morte, e assim contribuindo para o agravamento do genocídio negro (NASCIMENTO, 2016) e do apartaide brasileiro (TAVARES, 2021).

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Trabalhos