Obtenção de Concentrado Proteico da Pele de Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) por Via Ácida e Enzimática

Autores

  • Maria Cristiane Andrade
  • Renata Hernandez Barros Fuchs
  • Flávia Aparecida Reitz Cardoso
  • Leila Larisa Medeiros Marques
  • Stéphani Caroline Beneti
  • Adriana Aparecida Droval

Palavras-chave:

Pepsina, Colágeno, Concentrado Proteico

Resumo

A atividade da psicultura vem crescendo mundialmente, e o Brasil tornou-se
uma das potências neste cultivo. Sabe-se que a tilápia do nilo detém excelente aceitação
dos consumidores, devido às suas características e qualidade de sua carne, favorecidos
por sua comodidade de cultivo e adaptação ao clima tropicalista brasileiro, o que
propicia a intensa geração de resíduos advindo de seu elevado consumo. O uso destes
resíduos para obtenção de coprodutos de elevado potencial bioativo, passou a ser
perscrutado por cientistas e estudiosos de tal maneira a lhe atribuir valor comercial e
reduzir seu descarte incorreto, demonstrando serem fontes de extração de colágeno, uma
proteína estrutural com uma vasta gama de aplicabilidade em várias áreas de interesse.
Neste trabalho realizou-se a investigação da eficiência da extração de concentrado
proteico de pele de tilápia por via ácida e enzimática com emprego da enzima pepsina e
ácido acético, variando as concentrações de ambos, exceto o tempo e temperatura.
Realizou-se a caracterização centesimal do concentrado extraído através das análises
físico-químicas de umidade, cinzas, proteína bruta e solubilidade. Os resultados obtidos
para análise de umidade (11,94 a 16,27%) e cinzas (2,01 a 3,07%) revelaram-se estar
coerente com dados da literatura, obtendo maiores valores de umidade em maiores
concentrações de pepsina. O teor de proteínas encontrado variou de 71,94% a 85,39%,
evidenciando tratar-se de um concentrado proteico, o qual obteve melhores resultados
com a utilização de concentrações de 0,50 mol/L de ácido acético e 0,40 mol/L de
pepsina. Os valores encontrados na análise de solubilidade variando de 3,01% a 6,16%
em contraposição às cinzas, denotam a eficiência na extração proteica. Logo, pode-se
concluir que o método com o uso de pepsina favorece a extração proteica e indica a
presença de proteínas colagenosas, corroborando com a valorização de resíduos gerados
na atividade de psicultura.

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Publicado

2022-12-14

Como Citar

Maria Cristiane Andrade, Renata Hernandez Barros Fuchs, Flávia Aparecida Reitz Cardoso, Leila Larisa Medeiros Marques, Stéphani Caroline Beneti, & Adriana Aparecida Droval. (2022). Obtenção de Concentrado Proteico da Pele de Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) por Via Ácida e Enzimática. 1° ongresso e Segurança ualidade os limentos, 1(1). ecuperado de https://publicacoes.softaliza.com.br/csqa/article/view/2623