ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E TEOR DE COMPOSTOS BIOATIVOS EM DIFERENTES EXTRATOS AQUOSOS DO JAMBO VERMELHO (SYZYGIUM MALACCENSIS)
Palavras-chave:
Radical ABTS, Aditivos naturais, Compostos fenólicosResumo
O jambo vermelho (Syzygium malaccensis) é um fruto sazonal de coloração
avermelhada escura originário da Malásia. Sua matriz biológica é constituída de nutrientes e
de compostos bioativos que possuem efeitos diversos como capacidade antioxidante,
antimicrobiana, de combate ao tratamento de doenças crônicas entre outras. Numerosos
compostos podem ser extraídos de sua casca, semente, folhas, flores e até de suas raízes.
Desta forma, levando em consideração o crescente aumento pela procura de aditivos de
origem natural, esta pesquisa tem como objetivo avaliar a influência de diferentes
metodologias de extração no teor de compostos bioativos da folha do jambo vermelho. As
folhas foram coletadas, submetidas à pŕevia seleção e a secagem (35±2°C). Posteriormente,
seguiu-se aos processos extrativos de infusão (EAFJI), decocção (EAFJD) e maceração
(EAFJM) em soluções aquosas. Os sobrenadantes obtidos foram liofilizados e analisados
quanto aos seus teores de compostos fenólicos totais (CFT), taninos (TT) e quanto a suas
capacidades antioxidantes pelos métodos de captura do radical livre ABTS e também do
radical DPPH. O extrato EAFJI apresentou a maior capacidade antioxidante pelo método
ABTS com 1043,47±370,18 uM Trolox/g, seguido do de EAFJD, ao qual o mesmo também
foi o que apresentou maior teor de CFT 2864,1±0,98611 mg GAE/100 g de extrato, enquanto
o extrato de EAJM apresentou maior atividade antioxidante pelo método DPPH e maior teor
de TT. Constatou-se que diferentes metodologias de extração promovem diferenças
consideráveis na extração de compostos e o teor de CFT nos extratos não apresentou vínculo
com as capacidades antioxidantes relatadas. Desta forma, observou-se que os extratos em
questão possuem potencial para utilização como antioxidantes naturais e como possíveis
coadjuvantes conservativos na indústria alimentícia. Mais estudos devem ser realizados
visando avaliar a toxicidade e propriedades tecnológicas do extrato como aditivo alimentar.