Efeito do plasma frio e água ativada por plasma em cepas de Paecilomyces variotii isoladas de linha de processamento de sucos.

Autores

  • Mailah Mahfouz
  • Rafaella Santos Mori Bragil
  • Rodrigo Sávio Pessoa
  • Liliana de Oliveira Rocha

Palavras-chave:

Plasma frio, Fungos termorresistentes, Tecnologias emergentes, Sucos, Água ativada

Resumo

Os fungos termorresistentes são um desafio para a indústria de sucos, devido à sua sobrevivência no processo de pasteurização. Uma espécie de interesse é o Paecilomyces variotii, possuindo conídios com potencial de resistência térmica. Entre as tecnologias emergentes, o plasma frio  e a água ativada por plasma (PAW) têm apresentado resultados promissores no controle de microrganismos. O objetivo deste trabalho foi analisar a aplicação do plasma frio gerado por sistema de arco deslizante e água ativada gerada por sistema “pin-to-water” no controle de cepas de P. variotii provenientes de suco de laranja. Fragmentos contendo o fungo (0,5 cm²) foram tratados por 20, 15, 10, 5 e 2,5 min em uma potência 8,5W e o crescimento radial analisado por 20 dias. A água ativada por plasma foi utilizada para analisar o seu efeito na suspensão de esporos (107 conídios/mL) de P. variotti  por 15 e 30 minutos. Posteriormente, foram feitas contagens em UFC/mL em meio MEA. Dos tratamentos com o plasma, observou-se apenas um efeito fungistático a partir de 15 minutos, com crescimento fúngico a partir de 3 dias de incubação. O tratamento com PAW por 15 e 30 min demonstraram reduções de 0,6 log e 1,0 log, respectivamente, indicando que o tempo de exposição pode ser um fator para interação das espécies reativas com o fungo. Este estudo demonstrou que o plasma frio e a PAW podem ser uma estratégia para o controle de P. variotti, entretanto, mais estudos para ajustar seus parâmetros são necessários, visando a melhoria do processo e aplicações em grande escala.

Publicado

2024-07-26