Staphylococcus aureus resistentes e sensíveis a meticilina inibidos por Staphylococcus não aureus

Autores

  • Nágila Bersot
  • Bruna Lourenço Crippa
  • Daniel Lucino Silva dos Santos
  • Alessandra Silva Coelho
  • Fernando Nogueira de Souza
  • Bruno Toledo Silva
  • Jeroen De Buck
  • Sarne De Vliegher
  • Nathalia Cristina Cirone Silva

Palavras-chave:

S. epidermidis , Controle mastite, competição microbiana

Resumo

A mastite é uma doença importante nos rebanhos bovinos, cujo tratamento utiliza antibióticos, promovendo preocupações quanto ao aumento de bactérias resistentes, o que gera uma busca por novas alternativas à prevenção da mastite. O objetivo desse estudo foi avaliar  a ação  antimicrobiana de 44 isolados de Staphylococcus não-aureus (NAS) contra Staphylococcus aureus meticilina resistentes (n=5) e sensíveis (n=5). Os NAS foram inoculados em uma linha central em meio ágar sangue e incubados por 24h/37C.  Após incubação, o ágar foi invertido na placa de Petri e a cultura de cada Staphylococcus aureus foi espraiada com ajuda de um swab em todo o ágar.  As placas foram incubadas por 24h/37C e foi medido em milímetros o halo de inibição de cada NAS. Dos 44 NAS avaliados, 14 (31,8%) apresentaram a capacidade de inibição contra S. aureus. Dentre os NAS que apresentaram potencial de inibição, 7 (50%) pertenciam à espécie S. chromogenes, 3 (21,42%) pertenciam à espécie S. haemolyticus, 3 (21,42%) a espécie S. simulans, e 1 (7,14)%) a espécie S. warneri. Além disso, dentro desses 14 NAS, 5 (35,71%) apresentaram ação inibidora contra o crescimento do S. aureus meticilina resistente (MRSA) e 9 (64,28%) contra  S. aureus meticilina sensível (MSSA). Através dos resultados obtidos, podemos concluir que os isolados de NAS avaliados neste estudo tem potencial de inibir S. aureus causadores de mastite, evidenciando um possível papel de prevenção da mastite bovina. Ressaltamos que outras análises serão feitas, visando aprofundar as descobertas desta pesquisa.

Publicado

2024-07-26