Determinação de sujidades em pimenta-do-reino (Piper nigrum L.) comercializadas na feira-livre do Município de Castanhal, Estado do Pará- Brasil
Palavras-chave:
Contaminação Física, condimento, especiariasResumo
A pimenteira-do-reino (Piper nigrum L.) é um produto muito apreciado e utilizado
na condimentação de diversos pratos e produtos na indústria alimentícia, além de seu uso
na indústria de cosmético, indústria farmacêutica. Todavia como qualquer produto
alimentício é suscetível a contaminações, tanto de física, química e/ou biológica. A
presença de contaminantes físicos, que podem ser agregados durante o processo
produtivo, e são caracterizados por materiais de diversas naturezas, como plástico, pedras,
madeira, partículas de metal, fragmentos de insetos, grãos de terra, ácaros. pelos de
animais e outros. Essas sujidades podem ser consideradas como falhas higiênicas, e não
aplicação das boas práticas agrícolas, resultando em um produto de baixa qualidade
sanitária. A legislação nacional estabelece critérios para avaliação da presença de
matérias estranhas nos alimentos e permite a ocorrência de até 60 fragmentos de insetos,
um pelo de roedor e cinco ácaros em 50g de pimenta-do-reino. O estudo objetivou avaliar
a contaminação física em 12 (doze) amostras de pimenta-do-reino, coletadas em barracas
especializadas em condimentos e especiarias, na cidade de Castanhal, estado do Pará,
Brasil. Através de análise macroscópica e microscópica, os resultados demostraram a
presença de sujidades aparentes como pelos de roedores, ácaros, e fragmentos de terra.
Também foi possível detectar sujidades não identificadas a nível microscópico. Desta
forma a presença de sujidades na pimenta do reino, reflete a precariedade das condições
de higiene e sanidade e evidencia de possíveis negligencias, ou falhas de qualidade ao
longo da cadeia produtiva, diminuindo a qualidade e valor agregado dessa especiaria.
