Identificação de Escherichia coli isoladas de amostras de leite de cinco regiões brasileiras
Palavras-chave:
Mastite bovina, Escherichia coli, Qualidade microbiológica do leiteResumo
A mastite é a enfermidade multifatorial e plurietiológica que mais impacta
economicamente a pecuária leiteira. Essa doença pode apresentar-se em sua forma clínica
e subclínica, sendo a Escherichia coli uma das causas mais frequentes de mastite clínica
aguda nos bovinos. Assim, o objetivo deste trabalho foi isolar e identificar a E. coli em
amostras de leite cru de cinco estados brasileiros, visando o uso adequado de
antimicrobianos e o melhoramento da qualidade do leite. As amostras de leite cru foram
semeadas em ágar MacConkey e incubadas a 37 ºC por 24 horas. As colônias
características foram submetidas a provas bioquímicas recomendadas para diferenciação
de enterobactérias, como citrato de Simmons, produção de indol, prova de VogesProskauer (VP) e vermelho de metila (VM). Assim, foram classificadas como E. coli as
linhagens que se apresentaram positivas nas provas de produção de indol e VM e
negativas para citrato de Simmons e VP. Foram semeadas 1471 amostras de leite cru
provenientes dos estados de Goiás, Pará, Paraíba, São Paulo e Santa Catarina em ágar
MacConkey, tendo crescimento de colônias características de E. coli em 184 dessas.
Após a realização dos testes bioquímicos para identificação do microrganismo, 81 das
184 amostras foram positivas para a identificação de E. coli. Com relação à identificação
por estado, foram positivas 37, 27, 14, 2 e 1 amostras dos estados de Goiás, Pará, São
Paulo, Santa Catarina e Paraíba respectivamente. A elevada frequência de E. coli
evidencia a importância do acompanhamento da saúde da glândula mamária, do manejo
de ordenha e das condições higiênicas empregadas na obtenção do leite, garantindo assim,
uma matéria-prima de boa qualidade ao consumidor.